quarta-feira, 5 de outubro de 2016

CUTUCANDO A ONÇA

Herege – “Terra Morta” (2016)



NOTA DO BLOG: No nosso trabalho de registro da cena underground em torno do Caparaó denominado CAPARAÓ UNDERGROUND, estamos compartilhando texto produzido na página METAL NA LATA sobre a banda HEREGE de Iuná, da qual o mutuense Lucas Barbosa faz parte.

 Mais uma banda totalmente desconhecida por mim que gerou uma ótima primeira impressão. O Herege vem da escola do Crust/Grind/HC, descontando suas frustações com a política e as mazelas que assolam a sociedade em letras diretas e contundentes, cutucando a onça com vara curta e cantando em português. É como eu sempre costumo dizer: é protesto para o time da casa mesmo, não pra inglês ver.
Criada em um país onde a matéria-prima pra novas composições é infinita e constantemente renovada, o Herege tem munição de sobra pra fuzilar a tudo e todos, e é o que fica explícito em "Terra Morta", seu primeiro trabalho. A música feia, suja, simples e brutal elaborada pelo quarteto resgata influências principalmente oitentistas, da fase áurea do Napalm DeathNausea - Los Angeles, e até alguns preceitos deDischarge e RATOS DE PORAO oficial. É música de protesto genuína, pra causar reflexão e repúdio simultaneamente no ouvinte.
Sangue nos olhos, punhos cerrados e a botinada come solta em "Terno e Gravata" (olha a lava-jato aí!), "Dinheiro", na martelada Crust/Grind fugaz e certeira de "Cegueira", e na maior das verdades refletida em "Bandidos no Plenário".
Após sobrevivermos ao massacre sonoro ao término do repertório, "Terra Morta" ainda trás como bônus cinco faixas ao vivo somente pra demonstrar do que esses sujeitos são capazes em cima de um palco, tudo amparado por uma ótima qualidade de gravação, o que realça ainda mais o poder de fogo do Herege.
Grande estréia! Espero que seja apenas o primeiro de muitos registros. Parabéns a todos os envolvidos e vida longa ao Herege.
Nota: 9,0

Ricardo L. Costa

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

TATUAGEM E TERREMOTO

O blog MUTUM CULTURAL dá publicidade a esta curta metragem essencial para nosso processo de humanização ao abordar essa figura ímpar que atua em nossa região com professor e como cineasta. Sávio Tarso é uma dessas pessoas que nos cativa com seu jeito de ser.

Nada ninguém melhor para falar sobre Sávio Tarso que ele mesmo, e é isso que ele faz nesse curta metragem.

Só lembrando que ele esteve em Mutum aplicando uma oficina de cinema por intermédio da AMMVA (Associação de Mutuenses Moradores no Vale do Aço).




Direção: Sávio Tarso e Nilmar Lage
Fotografia: Nilmar Lage
Edição: Cristiano Almeida

Tatuagem e Terremoto poderia ser um documentário sobre milhões de pessoas com deficiência. Trata-se de um relato íntimo e pessoal sobre um personagem vítima da poliomielite, que estabelece uma relação bastante peculiar com as sequelas que a doença deixou em seu corpo. Como uma tatuagem que impregnou-se em sua pele e em seu espírito, a deficência se transformou no seu traço de diferenciação, mas não o impediu de estar e viver plenamente no mundo dos ditos “normais”. 
Publicado em 20 de abr de 2016 no Youtube


Veja sobre a oficina de cinema em: 

domingo, 25 de setembro de 2016

FORTALECER E RESGATAR: III ENCONTRO DE CHAROLAS DE MUTUM

Aconteceu domingo passado, dia 18 de setembro de 2016, o terceiro encontro de charolas de Mutum-MG.

Essa ideia que surgiu e foi ganhando corpo a partir da participação de nossos grupos de Charola de São Sebastião em Muqui-ES onde ocorre já a mais de meio século o Encontro Nacional de Folia de Reis, o evento mais antigo desse tipo de manifestação cultural, vem acontecendo há três anos em nosso município.


Nesses três anos a Secretaria Municipal de Cultura, juntamente com a Associação Mutuense de Folclore e Conselho Municipal de Patrimônio Histórico vem acumulando Know-How para realizar o centenário da chegada da charola de São Sebastião em Mutum no ano que vem em 2017.
Preparando para a saída de Mutum rumo a Caracol.

Não foi com a intenção de fazer em Mutum o que se faz em Muqui, no sul capixaba, que há três anos começou a acontecer esse evento na pauta cultural do nosso município. Lá o encontro é de Folia de Reis ou Reisados, como é chamado em alguns lugares. Aqui a manifestação cultural é denominada de São Sebastião. As diferenças vão desde os componentes dos grupos, na Folia de Reis, por exemplo, temos a figura do palhaço, enquanto na charola não. O ritmo da cantoria também é diferente.

Tivemos esse ano presença de quatro grupos ativos em nosso município:
 Charola de São Sebastião da Barra da Ponte Alta

Grupo Missionário Charola de São Sebastião 
Caminhando Com As Comunidades



Grupo de Charola do Setor Imbiruçu


        Grupo de Charola Mirim Chico Fideles (Caracol).

O início do Encontro foi com um animado café no Córrego do Caracol, abertura feita com a cantoria do Grupo do Setor e o agradecimento do café feito pela Charola Mirim. 


O secretário de cultura César Tomé falou sobre a importância desse evento para manter viva uma cultura beirando ao centenário. Mencionou a ligação entre os grupos próximos à cidade com a Charola de Setor Imbiruçu.

Ainda na abertura, César Tomé falou sobre as etapas do processo em que os dois primeiros encontros serviram para fortalecer os grupos em atividade, e que a partir desse terceiro o objetivo é resgatar onde já teve como em Ocidente, Roseiral, Humaitá, Farias, etc.


Em seguida tivemos quatro itinerários: O grupo de Barra da Ponte Alta veio para a Barra do Humaitá e o distrito de Humaitá, com a participação do Senhor Antônio Teófilo, figura ilustre da nossa cultura.

O grupo da Charola Caminhando Com As Comunidades percorreu o Córrego da Areia, O grupo do Setor Imbiruçu passou pela casa da família do Saudoso Antônio Veredino, outro incentivador enquanto caminhou conosco, nos córregos Boa Vista e Pau d’Alho. E a Charola Mirim na comunidade dos Leandros. O nosso blog nessa etapa do Encontro acompanhou o Grupo Missionário Charola de São Sebastião Caminhando Com As Comunidades pelo Córrego da Areia.

À tarde, todos os grupos se encontraram no distrito de Humaitá, fazendo a caminhada até igreja local, onde concluíram o Encontro com membros da comunidade de São Francisco de Humaitá.



Apenas uma respirada e a comissão de organização, que conta com membros dos grupos, reunirão em breve para preparar o IV Encontro que será na cidade tendo em vista a comemoração do Centenário da chegada da Charola de São Sebastião aqui nas terras de guaxima, um ano após a nossa emancipação política por parte de Minas Gerais. Serão celebrados 100 anos em que cultura e religiosidade popular fortalece a alma dos nossos foliões e do povo que valoriza sua história.









quinta-feira, 8 de setembro de 2016

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

GILSON, Casinha Branca e Andorinha - Radio Manhuaçu com Teo Nazaré



GILSON, Casinha Branca- Radio Manhuaçu 

ARTE SOBRE PELE: ROGÉRIO FIDELIS

Arte Sobre Pele, mais uma série do blog Mutum Cultural, entrevista Rogério Fidelis, que nos fala do seu trabalho. São opiniões sinceras que revelam sua disposição de estar sempre evoluindo.

MUTUM CULTURAL: Qual sua opinião sobre a relação tatuagem e arte?
ROGÉRIO FIDELIS: Na verdade a tatuagem é uma forma milenar de arte, existente desde décadas antes de Cristo. É uma forma de arte mais popular, que a cada dia se torna mais comum, seja como forma de rebeldia ou simplesmente um adorno.

 MUTUM CULTURAL: Como você se transformou em um tatuador?
ROGÉRIO FIDELIS: Acho que o amor pela tatuagem sempre esteve em mim, só não havia descoberto. Desde moleque adorei tatuar, sou autodidata e riscava tudo a minha frente. Mas foi somente em 2013, depois de sofrer sérios acidentes, que me deixaram cadeirante por um tempo, que descobri meu amor pela tatuagem. Foi esse amor que me ajudou a seguir em frente e buscar forças onde não tinha.

MUTUM CULTURAL: Que grupo social procura mais se tatuar?
ROGÉRIO FIDELIS: Tradicionalmente são as pessoas do Underground. O grupo mais alternativo: Quem curte rock, skatistas, o pessoal do hip hop. Mas hoje as coisas estão mais abrangentes, e com a tatuagem em alta na mídia e entre os jogadores de futebol, esse pessoal que segue tendências e "copia" tudo que vê tem se tatuado bastante, para ficarem iguais aos seus "ídolos".

 MUTUM CULTURAL: Você acompanhou essa polêmica sobre tatuados (as) não poderem atuar em serviços públicos?
ROGÉRIO FIDELIS: Na verdade não, vi alguma coisa por alto, pelo que vi no Facebook. Em minha opinião caráter e competência não se medem por tatuagens, e sim por gestos e ações. Se uma pessoa está capacitada e apta para determinado cargo, não são tatuagens, brincos, piercings ou corte de cabelo que deveriam influenciar em sua contratação. No país ainda existe um preconceito gigantesco quanto a isso. Algumas pessoas nos olham como se fossemos bicho.
MUTUM CULTURAL: Como anda a expansão da adesão a tatuagem?
 ROGÉRIO FIDELIS: Como disse antes, hoje o preconceito existe. Mas está menor e mais abrangente e com a popularização da tatuagem devido a artistas e jogadores, a tatuagem está sendo muito bem aceita, seja como um fechamento de braço ou uma singela homenagem aos pais, filhos, parceiros, etc.
 MUTUM CULTURAL: O que é tatuar para você?
ROGÉRIO FIDELIS: Tatuar para mim é, antes de mais nada e antes de tudo, amor incondicional. É uma profissão, mas para mim é dedicação, estudo, amor e respeito por quem será tatuado.

MUTUM CULTURAL: Qual a tatuagem mais relevante, entre tantas, que você já fez?
ROGÉRIO FIDELIS: Todas são especiais e relevantes, cada uma é uma forma de evolução e aprendizado, mas a primeira que fiz foi uma das mais importantes, pois ali vi que era capaz, e tinha muito, mas muito, o que aprender e evoluir.

MUTUM CULTURAL: Como você se sente ao encontrar uma pessoa com uma tatuagem de sua autoria?
ROGÉRIO FIDELIS: Eu sou muito autocrítico, viu. Geralmente fico imaginando que poderia ter feito melhor, e onde e como posso melhorar.
MUTUM CULTURAL: Deixe um recado para quem pensa em se tatuar. E um recado para quem pensa em ser tatuador.
ROGÉRIO FIDELIS: Quem quer fazer uma tattoo pesquise bastante antes, olhe um bom profissional, analise seus trabalhos, opte por qualidade, não vá ao mais baratinho conhecido seu. Afinal, tatuagem é um luxo, e ficará pra sempre na sua pele. Pra quem deseja se tornar um tatuador, estude, estude e estude. Pratique bastante na pele artificial e no toucinho, só depois que tiver e sentir segurança, vá pra pele humana, e comece por desenhos simples e sem complexidade. E viva a arte sempre, e muita tinta na pele pra todos que amam a tatuagem.


sábado, 3 de setembro de 2016

DOBRADO MAESTRO JOSÉ HERÁCLITO BARBOSA

CANÇÕES DE FRANCISCO


Nossa Pentalogia Poética trás cinco poemas de Francisco Fagundes tendo como fio condutor o termo CANÇÃO no título.

O termo CANÇÃO em seus títulos nos coloca em sintonia com a melopeia em seus poemas, e que segue na terceira parte de sua obra, essa saudade se transforma em blues se eternizando, presente em alguns títulos.

A fanopeia aparece no seu remeter-se ao passado lembrando-se da seresta que não mais existe, mas que se canta o amor que ainda resta, ou pela saudade da moça triste e do velho em que o poeta se transformou pelas derradeiras madrugadas. E tudo se arremata na canção triste.

O poeta também, em outros poemas dessa obra, nos faz se sentir solidário com o Pedro Poeta em sua morte sentida no morro, mas ignorada pela cidade. Joãozinho Tristeza e sua faina amarga.

Para completar a trilogia de Enza Pound, temos a logopeia bem explicitada em Elementar, Meu Caro e Admirável Gado Louco, nos levando aos clássicos universais da literatura.


A trilogia de Enza Pound perpassa a trilogia “flor-abraço-saudade” de Francisco Fagundes nos abocanhando pela originalidade de seus versos.

CANÇÃO DE SERESTA ANTIGA

Não é mais tempo de seresta
Mas eu venho te embalar;
Trago o amor que ainda resta
-E um resto de luar.

Com certeza é primavera
Bem distante, em algum lugar.
Com certeza, alguém te espera
Em um porto, no além-mar.

Não é mais tempo de seresta
(Vem depressa, vem cantar!)
Eu via lua, de uma fresta
No horizonte, beijando o mar.


CANÇÃO PARA UMA MOÇA TRISTE

Existe uma moça triste
Que do amor se perdeu
Perdida em cada esquina
Do olhar dos olhos meus.

Existe uma moça triste
Que por amor enlouqueceu
Querendo viver a vida
De um jeito apenas seu.

Existe uma moça triste
Que não vê as estrelas do céu
Morrendo em cada saudade
Do amor que não viveu.

Existe uma moça triste
Que insiste em viver ao léu
Nos braços de outro homem
Pensando ser ele eu.

CANÇÃO DAS DERRADEIRAS MADRUGADAS

O velho saiu pela noite,
Saiu pela noite a cantar
Com suas sandálias surradas
Debaixo de um céu estelar.

O velho saiu pela noite
(Alcoólico de pasmar!)
Com seu andar de marujo
Que sente saudade do mar.

O velho saiu pela noite
Levando um azul no olhar;
Toda a grandeza do céu,
Toda a beleza do mar.

O velho saiu pela noite
Saiu pela noite a sonhar.
O velho sou eu pela noite
Levando, no sonho, o luar.


CANÇÃO PARA UM SOLO DE PISTON

(para Felício M. Fagundes)

Já é noite, de repente
E eu não vi
o dia passar.

Meu Deus! Já é tão noite
Que tenho medo
                    do outro dia não chegar.

E se é noite aqui na terra,
Noite funda de medrar,
                    será noite, além, no mar?

Será noite de lamentos,
Lamentos tristes de partir,
                    ou será noite de luar?
Já é noite de repente...
Noite funda de medrar!
Meu coração, doce demente,
Vai no sonho se encontrar...


CANÇÃO ANTIGA

Saio a cantar pela cidade
Uma triste canção antiga,
Braços dados com a saudade,
Olhos baixos para a vida.

Por que choro pela tarde
Se ora vejo o que já via?
É que em meu peito já não arde
O mesmo amor que outrora ardia...


(Leia as demais postagens da série PENTALOGIA POÉTICA.

MUTUM NO ALMANAQUE LAEMMERT

ALMANAQUE LAEMMERT

terça-feira, 30 de agosto de 2016

A FICÇÃO FOTOGRÁFICA DE ADALONE COUTINHO

SÉRIE: O FOCO DE...

“A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira.”
                                                      Gérard Castello Lopes

Nossa série com aqueles que amam a arte de fotografar vem no seu segundo episódio trazer o trabalho de Adalone Coutinho.
Ele compartilha conosco seu ingresso no mundo da fotografia e como gosta da sua arte. Viaje pela vida e pela dedicação ao mundo imaginativo/criativo da fotografia com mais um mutuense que faz poesia com luz.

O ITINERÁRIO

Nasci em 14/09/85 em Mutum-MG , estudei nas escolas públicas durante  todo o primário. No ano de 2000 dei inicio ao segundo grau na Escola Dionysio Costa, onde me formei em 2002. Logo após isso trabalhei em alguns comércios da cidade, mas sempre tive vontade de sair em busca de crescimento profissional, e aos 23 anos tive a oportunidade de trabalhar em Resende – RJ, onde não pensei duas vezes e fui.  Chegando lá, comecei trabalhando como caixa de uma loja de conveniência, em um Posto de Combustíveis, e logo após 6 meses aproximadamente, assumi a gerência das duas empresas. Durante este tempo trabalhando, estudei, e me formei em Administração de Empresas, fiz muitos amigos por lá, Resende é uma cidade maravilhosa de se viver e conviver. E agora recentemente retornei a minha cidade, Mutum.

A FOTOGRAFIA




Sempre gostei de fotografia, lembro que quando trabalhava na Invejada Eletro, montava pastas com fotos de produtos para os vendedores externos, eu gostava de fotografar, editar, imprimir e montar os portfólios. Sempre quis estudar, fazer um curso, porém não tinha isso por aqui na época. E foi em Resende que pude estudar fotografia a sério. Logo depois que terminei a faculdade, entrei no curso, comprei equipamentos profissionais, fiz alguns trabalhos lá durante meses. E agora estou de volta a minha cidade, Mutum, atendendo a toda população com serviço de qualidade.
Gosto de fotografar pessoas, festas de aniversário, ensaios externos de um modo geral, sou a favor da luz natural sempre, e momentos de descontração.

BASTAM DUAS ÁRVORES



       Olha, há pouco tempo fiz um concurso de casal para promover minha página e tive a oportunidade de fotografar o casal vencedor lá no parque nacional do Itatiaia, na cachoeira Véu da noiva, lugar lindo, muito verde e águas cristalinas e esta foto ai foi a que mais gostei, a que mais me chamou atenção.
FOTO DO CASAL VENCEDOR DO CONCURSO
 PROMOVIDO PELA AJ FOTOGRAFIA NA
CACHOEIRA VÉU DA NOIVA

Pra mim não importa o lugar, ás vezes duas árvores e algumas folhas são suficientes para  obter fotos incríveis.
Então, compartilho meu trabalho em uma página que criei no facebook com nome de AJ Fotografia no endereço https://www.facebook.com/adalonecoutinho/ E a pouco tempo fiz um concurso valendo um ensaio externo de casal, e os vencedores foram o casal Thiago e Mayara com quase 900 curtidas na foto deles. Fomos para o parque nacional do Itatiaia e fizemos ótimas fotos.
Nos próximos dias vou lançar outro concurso aqui em Mutum, valendo também um ensaio externo, então galera fiquem ligados que em breve estará valendo.

COMPARTILHANDO

Não importa o lugar, quem faz a foto é você, seja criativo, inove, trabalhe com dedicação, pois acredite, quando se faz algo que se gosta o resultado sempre será positivo.
Acredito que o que fotografamos hoje, será lembrado por alguém no futuro, por isso é importante sempre lembrar que quando você tira uma foto de alguém, você não esta tirando aquela foto para você, mas sim para aquela pessoa.
Para os leitores gostaria de pedir que acompanhassem o blog, pois tem muita coisa interessante, matérias de ótimo conteúdo, sempre tem um artigo novo. Participem, e divulguem, vamos fazer este grupo crescer.

OUTRAS FOTOS DE ADALONE COUTINHO







segunda-feira, 29 de agosto de 2016

SEMINÁRIO SOBRE HISTÓRIA E CULTURA



Conceição de Ipanema promoverá no próximo dia 01 de setembro um Seminário de História e Cultura Regionais.
Se a abordagem do seminário envolve regionalidades, logo diz respeito a Mutum-MG. Nesse contexto vale a pena participar por motivos diversos como conhecer a história da nossa região e como essa história está entranhada em nossa cultura.
Segundo o organizador do Seminário José Aristides Silva Gamito, O seminário surgiu com o objetivo de socializar a pesquisa sobre a história do município de Conceição de Ipanema que está realizada por um grupo de professores e outros colaboradores. Com este evento, os principais temas já desenvolvidos na pesquisa serão compartilhados e com isso se espera despertar a atenção da população para resgatar a história local.



VEJA A PROGRAMAÇÃO:
PROGRAMA 8h00min – Abertura do Seminário – Myslaine Faria (Conselho Municipal de Patrimônio).
08h10min - Aspectos Políticos e Sociais da História Regional – Prof. Walter Mendes Monteiro (Professor de Matemática e Ambientalista).
08h50min – Aspectos Culturais e Econômicos da História Regional – Prof. Leandro Marcos Martins (Professor de História e Cineasta).
09h30min – Intervalo. 9h40min – Caminhos e Tropeiros – Cimar Pinheiro (Historiador, fotógrafo e pesquisador sobre caminhos).
10h20min – Etnicidade e Religiosidade dos povos indígenas do leste de Minas e o processo colonizador – Prof. José Aristides da Silva Gamito (Filósofo e pesquisador de Ciências das Religiões).
11h00min – Curso sobre Educação Patrimonial – Agência Preservarte.
12h00min – Almoço.
13h00min - Curso sobre Educação Patrimonial – Agência Preservarte.
15h00min – Café da tarde (10 min).

16h00min – Encerramento do Seminário – Conselho Municipal de Patrimônio.

sábado, 27 de agosto de 2016

VIRTUALIDADES DE UM LANÇAMENTO LITERÁRIO

Atraído pela vontade de entender as ondas pelas quais a literatura surfa em tempos de virtualidades, nosso blog acompanhou o evento do “Lançamento Virtual do Livro Quatro Contos de Amor”. Fizemos perguntas que foram publicadas no nosso grupo no facebook juntamente com as respostas.

ADRIANA IGREJAS

FOTO DO PERFIL DO FACEBOOK

Adriana Igrejas é do Rio de Janeiro-RJ, Professora de Português/ Literatura e Inglês, formada pela UFRJ. É autora de dois romances e de um livro de contos, além de participar de cinco antologias nacionais e duas portuguesas. Está recentemente lançando novos livros de contos em e-book pela Amazon. Recebeu o Prêmio Baixada 2014 na categoria Literatura. Faz parte da Academia de Letras de seu município. É casada e tem dois filhos.

MUTUM CULTURAL: Olá Adriana, como nasceu a ideia do livro?

ADRIANA IGREJAS: Obrigada por participar. Esses contos eu escrevi em ocasiões diferentes, por tema, para participar de concursos para publicar em antologias. Todos eles já foram publicados, só que cada um num livro diferente, dois no Brasil e dois em Portugal. Me ocorreu que meus leitores, aqueles que querem ler exclusivamente textos meus não iam comprar quatro livros diferentes para ler meus textos espalhados por aí... Então, resolvi juntar esses quatro que falam de amor em um e-book...

MUTUM CULTURAL: Qual o diferencial dessa obra para as demais que você já publicou como “A BABÁ GÓTICA”, “CAIPIRA, EU?” e “A FÓRMULA DA VIDA”?

ADRIANA IGREJAS: Bem, este livro é de contos, então se assemelha a "Um apartamento com vista para o mar e outras histórias", que também é de contos. "Caipira, eu", ainda a ser lançado é bem diferente, porque são contos meio soltos, sem a tal unidade, justamente por serem relatos verídicos de meu pai. Será uma obra de valor sentimental. Já "A babá gótica" e "A fórmula da vida" são do mesmo gênero, que é o romance - narrativa longa. Estes desenvolvem melhor os personagens, a trama é mais complicada e cheia de reviravoltas.

MUTUM CULTURAL: Como é o seu processo de criação?

ADRIANA IGREJAS: Logo que tenho a ideia, eu anoto a storyline (em uma linha ou pouco mais sobre o que é). Aí eu passo a elaborar toda a história na cabeça. Levo dias pensando e organizando tudo em minha mente. Depois anoto as linhas gerais, um story board. Depois faço a pesquisa de lugares, nomes, cultura do lugar etc. Depois, se é um conto, já escrevo. Se é um romance, faço um esquema com os nomes dos capítulos e o que vai acontecer em cada um. Só aí começo a escrever. Mas é lógico que muita coisa muda na hora da escrita efetivamente...

MUTUM CULTURAL: Esse é o seu primeiro lançamento virtual? Quais as principais diferenças entre esse tipo de lançamento e um lançamento físico? 

ADRIANA IGREJAS: Bem, sim, é o primeiro lançamento virtual, porque este é o primeiro livro que lanço apenas em e-book, ou seja, de certa forma é também um livro virtual. Meus outros livros, mesmo as antologias de que participei, foram livros físicos e tiveram lançamentos em livrarias ou casas de cultura. Eu já havia participado de outros eventos virtuais, como o FLAL, que envolve vários autores, que também respondem a tudo pelo facebook. A gente sabe que a participação é pouca, mas muita gente curte, dá uma olhada, enfim, fica sabendo sobre o livro e a divulgação é o principal objetivo.

MUTUM CULTURAL: Voltando a sua obra. O que você ressalta como característica principal em seus personagens?

ADRIANA IGREJAS: Acho que é a verossimilhança. Eles parecem pessoas reais e não é por acaso. Eu me esforço muito para que meus personagens ajam e falem como pessoas normais e brasileiras! Inspiro-me em pessoas que conheço ou conheci e esse toque de realidade tem agradado bastante, porque ninguém gosta de personagens artificiais.


MUTUM CULTURAL: Deixe uma mensagem para os leitores do Blog Mutum Cultural e membros do grupo no Facebook.

ADRIANA IGREJAS: Olá, leitores de Mutum! É um prazer estar compartilhando um pouco de meu trabalho com vocês! Espero ter satisfeito um pouco sua curiosidade. Adoro ter esse tipo de contato com leitores e trocar experiências. Torço para que fiquem ainda mais curiosos e passem a serem meus leitores. Estou sempre acessível através das redes sociais para quem quiser me contatar. Um grande abraço e beijinhos literários e culturais para vocês!

BLOG DA AUTORA

terça-feira, 23 de agosto de 2016

VILA NORBERTO

Esse texto foi postado no perfil de Antônio Soares de Moura, há um mês por ocasião do falecimento do seu tio, o saudoso Gonzaga.
ANTONIO SOARES DE MOURA

VILA NORBERTO


Lá nos confins da minha terra que não fica aqui tão perto, tem uma vila pequena e simples que se chama Vila Norberto.
Desta vila saiu seis moços, coisa igual nunca se viu. Todos falam com respeito.
Olha! São os filhos do Ziziu.
Tio Mazinho, se era bom peão? Menino você sabe que nunca menti. Peão igual a ele nesta terra nunca vi, eu já sei desta história desde a época que nasci.
Ah! Tio Zequinha, veja só o que já foi:
Foi carreiro, vaqueiro, tropeiro, tangerino, escrivão e rezador. Uma coisa eu posso dizer: Quando falta padre na cidade lá vai ele pra socorrer.
Escuta Tio Geraldo, lembro-me de quando seus versos faziam e, todos nós, aqui sorriamos. Hoje o senhor está no céu onde nos encontraremos qualquer dia.
Tio Elzim, este é bravo e, é esperto igual burro estrela, mas uma coisa tem certeza, ele é sul-americano. Por quê? Por que gosta do Brasil e da Argentina do Baiano.
Agora de quem falo é do meu pai o Inhô, “O homem do humor”, trate o com respeito, pois foi ele que me criou.

GONZAGA
O caçula é o tio Gonzaga. Já viu falar? Coitado nunca pode se casar por que ele tinha a vó Quita e o tio Geraldo pra cuidar.
Eu era pequeno, mas ainda me lembro dos biscoitos que trazia só pra ver os filhos do Inhô e a festa que faziam.
Na década de 70 começou vir tristeza. Perdemos a vó Quita e perdemos minha mãe Cornélia. Não se lembra dela? Era filha da vó Amélia.
Aos poucos foi se acabando e os parentes se afastando, hoje resta na vila os vizinhos e os meus sobrinhos os filhos da Maria, mas meu coração distante e só, ainda grita: “Que saudade da vila, da vila da Vó- Miquita” 


São Miguel do Guaporé, 15 de março de 1993.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

MUSEU DO TROPEIRO


NOTA DO BLOG: A partir de postagens realizadas por Estêvão Marchesini em seu perfil no facebook, o blog Mutum Cultural procurou saber mais do próprio autor das postagens sobre esse projeto intitulado MUSEU DO TROPEIRO INSTITUTO TREME TERRA ADAIR JOSÉ FONSECA.


Compartilhamos com os leitores do nosso blog uma síntese inicial do projeto.

OBJETIVOS DE UM PROJETO


Resgatar uma tradição cultural que pessoas tiveram em décadas passadas para o desenvolvimento regional.
De concreto temos materiais que mostra como eram transportados os produtos produzidos no município e aqueles trazidos para o município em lombos de muares e carros de bois em viagens duradouras envolvendo diversas famílias tradicionais do município.
O Projeto será desenvolvido no município de Mutum.
Seria criado um Instituto para ter apoio tanto do Governo Federal, Estadual e Municipal.

IMPORTÂNCIA HISTÓRIA DO MUSEU


Importante para gerações tanto do presente quanto do futuro, não deixando que a história se perca ou deixe de existir devido o imenso desafio tecnológico do mundo atual. Que as pessoas possam saber "COMO" no passado eram transportados gêneros alimentícios, vestuários e até mesmo o transporte de pessoas dos distritos até a sede.
Este museu terá grande parte de matérias e equipamentos usados por tropeiros em montarias, carros de bois, tipo de roupas usadas por eles como capas. Forma de cozinhar, caixas para transportes de gêneros alimentícios, bolsas de couro de boi, formas de amarrar cargas nos burros, tipo de comidas utilizadas. Até mesmo o resgate de canções cantadas por eles nas paradas para descanso depois de horas e horas de montaria. Também terá resgates de fotos de famílias tradicionais para mostrar para o público.


ANEXO



Será desenvolvido anexo ao museu, um boteco com iguarias tradicionais na alimentação dos tropeiros. Outro desafio será o local onde o tropeiros de agora possam ranchar ao lado ou ao fundo deste Museu por época de festas do município e CRIAR A FESTA TRADICIONAL DOS TROPEIROS EM DATAS DIFERENTES DA EXPOSIÇÃO. Isto para ter mais uma atração festiva, trazendo assim outra fonte de renda para a população local e divertimento cultural para nossa população regional.

crédito: Todas as fotos foram compartilhadas do perfil no facebook de:ESTÊVÃO MARCHESINI.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

PENTALOGIA POÉTICA: CLÁUDIO ANTONIO MENDES

No Pentalogia Poética de hoje estamos compartilhando poemas de um livro, quem ainda não esteja publicado fisicamente, está nos site de auto publicação. Hora é divulgado, ora é retirado.
Trata-se de UNI VERSO, de autoria de Cláudio Antonio Mendes, que em alguns momentos, apresenta-se com o pseudônimo KLAUS MENDES.


CAPA NO SITE CLUBE DE AUTORES

Segue cinco de seus poemas:
EMERGÊNCIA

corro
ao teu encontro
como ambulância
pro pronto socorro

estou enfermo
sem amor
sem termo
e temo a solidão eterna

dê-me
um balão de oxigênio
um beijo oxidante
quero prazer até enferrujar

EMERGÊNCIA!
o nosso amor não pode ficar
comprimido
em cumprimentos

***
BEIJOS

o xerife beijou o chifre do juiz
e fez o pacto

o juiz beijou o nariz do xerife
e se fez pacato

enquanto eu beijava teus lábios
e te amava de fato

***
ESPELHO MEU

perguntei ao espelho meu
se existe algum outro poeta
que escreve uma poesia
nem clássica, nem concreta

ele me disse que não
somente eu mesmo
em dias quente de verão
anda a esmo
no meio da multidão
tendo como companhia
a ironia e a solidão
e a barriga vazia
que reclama pelo pão
nosso de cada dia
nesse dia de cão

***
NOTA DE ABURGUESAMENTO

sempre me uniformizaram
de capacete e macacão
só agora me vestiram
um terno (de madeira)

sempre fui um inquilino
andando de cortiço em cortiço
conheço todos da cidade
todos tem o mesmo cheiro
e  o mesmo apetite sexual

agora jogarão na minha cara
um pouco de terra
mas ali não terei ameaças
de ser despedido
de ser despejado

sempre me empurraram
lotação adentro, lotação afora
agora me levam carregando
estão chorando
e eu sorrindo

sempre fui um inútil
para todos, menos para mim
e para a minha nega
nas noites de cio
e agora andam dizendo
que farei falta
e o padre que sequer sabia
que eu era fiel
rezará por mim no sétimo dia

agora que como
tuberosas pelas raízes antes da colheita
é que se lembra de acrescentar
uma cruz ao meu nome

agora não me pesam mais
agora não me medem mais
e nem me pedem exame de fezes
agora o que é perda
aos olhos dos que ficaram
é o que me enriquece
                               
a morte é emancipatória!

***

PÂNTANOS & PONTES

Uni versos meus
e preconcebi um poema
que anda, e canta, e ama, e manda
que vai a feira
que vai a festa
que vai a merda
que vai a fundo
num pulo de paraquedas
entre parabólicas e paranoicos
para dizer que um pingo
para o poeta
pode ser um pântano
pode ser uma ponte
tudo é uma questão
de ponto de vista

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UNI VERSOS (NO RECANTO DAS LETRAS)